Introdução

A temível linha de comando do Linux, ou interpretador de comandos, capaz de deixar qualquer usuário de cabelo em pé na primeira utilização é a ferramenta mais útil deste Sistema Operacional, com ela é possível operar o sistema sem recorrer a interface gráfica. Provavelmente você chegou a essa página utilizando a estrtura da web sob servidores que utilizam sistemas operacionais que funcionam no modo texto ou modo shell, como alguns preferem. Nesse momento, tudo o que precisamos saber sobre terminais é que não temos apenas um tipo, temos o sh (bournne shell), bash (bourne again shell), ksh (Korn shell), csh (C shell). Neste artigo, o terminal que será utilizado é o bash, o terminal mais popular no Linux. O contexto histórico será explicado no final deste artigo. Vamos direto ao ponto?

Comandos

Antes de começarmos é necessário saber de algumas características do terminal. Portanto, se o caracter que preceder o comando for ~, quer dizer que você está na pasta home do usuário sem privilégios administrativos, o caracter #, significa que você está no modo root, tendo assim privilégios administrativos.

echo

Esse comando imprime (exibe) informações na tela, mas você pode concatenar informações em um arquivo, adicionando o símbolo » após a frase, que deve estar entre aspas, e colocando o nome e a extensão do arquivo, você cria o documento na pasta corrente, ou você pode apontar o caminho:

echo "Toda esta frase será concatenada no arquivo teste" >> /home/_seu_usuario_/desktop/teste.txt

Lembrando que você deve substituir o seu_usuario, pelo seu usuário (hehe)

Agora que sabemos como imprimir na tela, que tal sabermos em qual shell nós estamos trabalhando? Digite:

echo $SHELL

Para criar uma pasta no Linux, devemos usar o comando:

mkdir nome_da_pasta

Comandos de navegação

Se você quiser conferir o caminho do diretório atual, você pode digitar o seguinte comando no terminal:

pwd

Vamos aprender a nos movimentarmos pelos diretórios do Linux no terminal.

cd

Esse comando é utilizado para mudar de diretório. Vamos fazer o seguinte, você já conhece o comando para descobrir o diretório atual, já aprendemos o comando pwd, então digite no terminal este comando.

comando pwd na prática

Pronto, o resultado deve ser /home/seu_usuário

digite então:

cd..

Note que a pasta volta um nível acima, ou seja, ela sai da pasta do seu usuário e começa indicar que está na home no prompt de comando.

comandos de navegação - cd

Para ir um nível abaixo, ou seja, se você quiser acessar uma pasta, basta digitar:

cd _nome_da_pasta/

Não esqueça que o prompt é case sensitive, portanto, pasta é diferente de Pasta. Se você estiver na pasta do usuário ~ digite:

cd documentos/

E aí, conseguiu? Não? Talvez você tenha digitado errado, mas como saber se você digitou o nome de uma pasta de forma errada, se você não consegue visualizá-la? Nesse caso, seria útil ter um comando em que conseguíssemos listar todas as pastas e arquivos.

Para esta necessidade, digite:

ls

comando ls para listar pastas e arquivos

Note que agora conseguimos visualizar todas as pastas e assim, vemos que o erro foi causado devido a escrita incorreta, levando em conta que o Linux é case sensitive. Então, vamos digitar corretamente:

cd Documentos/

acessando a pasta documentos

Alguns comandos pode exigir a instalação, o que deve deixar alguns usuários(as) com a pulga atrás da orelha, pois o terminal não deveria suportar todos os comandos? O interpretador de comandos do Linux possui comandos internos (builtins) e externos normalmente armazenados em diretórios específicos do sistema, como /bin e /sbin, a maioria dos comandos do Linux são externos, como: ls e mkdir, esses comandos são nada mais, nada menos que programas que executam uma ação específica no kernel do sistema, que é o Linux. Para saber um pouco mais, precisamos conhecer um pouco da história do interpretador.

história

O nome shell em informática, cuja a tradução para o português é concha (também pode ser casca), é usada metafóricamente na informática para representar um programa que faz o intermédio entre o usuário e o computador. O primeiro shell Unix, que fazia o intermédio entre usuário e computador foi chamado de sh e foi criado por Ken Thompson, baseado no shell Multics, que por sua vez, foi modelado baseado no RUNCOM, feito por Louis Pousin. Os reflexos dessa aplicação perdura até hoje, o sufixo “rc”, presente em alguns arquivos, como é o exemplo do arquivo de configuração do vim (.vimrc) é um exemplo dessa influência. Vale ressaltar que Ken, trabalhou com Dennis Ritchie, e ele influenciou a criação do sistema operacional Unix e criou a linguagem B, que foi fonte de criação para a linguagem C, por Dennis Ritchie, trabalhou com Dennis no projeto Multics, onde o conheceu. Não apenas isso, ele também contribuiu na definição da codificação de caracteres UTF-8.

O Bourne-again shell, bash, foi desenvolvido para o projeto GNU, o direito autoral pertence a este projjeto, foi desenvolvido com retrocompatibilidade ao Bourne Shell (sh), ele adicionou muito mais interatividade no terminal, permite que sequência de caracteres sejam executados na linha de comando e apresenta recursos e características de uma linguagem de programação.

Chegamos ao fim deste tutorial, alguns comandos ensinados aqui possuem opções para que exibam mais informações na tela, trataremos com mais detalhes essas opções em outro tutorial, onde irei ensinar também os comandos de ajuda que o terminal possui, assim você tem condições de, mesmo sozinho, aprender tudo sobre cada comando.

E já que terminou, digite:

exit

Para sair do terminal.